Projetos de Pesquisa
Sistemática integrativa
Em geral, a identificação morfológica das espécies funciona bem.
Entretanto, em alguns casos, espécies diferentes acabam sendo tão parecidas que são tratadas como se fossem apenas uma espécie.
A descoberta dessas “espécies crípticas” é fundamental não só para nosso conhecimento sobre a biodiversidade, mas também para a conservação (se uma delas for muito mais rara que a outra, ela pode até se extinguir sem que ninguém tenha visto que estava ameaçada) e para a pesca (como fazer o manejo pesqueiro se duas espécies estão misturadas nos dados?).
No nosso laboratório usamos uma abordagem integrativa usando morfologia, ecologia e genética para detectar espécies crípticas.
Descobrimos, por exemplo, que a espécie mais comercializada de lagosta no Brasil era, na verdade, constituída de duas espécies diferentes.
O mesmo foi observado com o boto cinza, com anêmonas do mar, esponjas e poliquetos. No momento estamos trabalhando com possíveis espécies crípticas de peixes comerciais.